O Analista de crédito brasileiro é o melhor do mundo.

        Embora não considere mérito, já estou há muitos anos atuando no mercado de crédito, principalmente o crédito direcionado à pequenas e médias empresas.

        Algumas “lições” tive o privilégio de aprender em tantos anos trabalhando com profissionais das mais variadas idades, experiências, lugares e realidades.

        Mas a “lição” que considero a mais importante é: Nunca vi qualquer um destes profissionais errar em seus pareceres.

        Mesmo profissionais “recém-chegados” em suas empresas, sempre foram muito assertivos em análises invariavelmente complexas acerca de pequenas e médias empresas.

        Qual seria então o “segredo” destes profissionais?

        Além de treinamento intensivo, uma característica comum a todos eles é o que se chama de “feeling”.

        Vejam bem: Não se trata de um “sexto sentido mediúnico”, mas da absorção, interpretação e aprendizado de experiências históricas.

        Eu costumo dizer que tal “sensibilidade” não se aprende somente através de treinamentos dirigidos, mas sim, do acúmulo de experiências (positivas e negativas) do profissional.

        Além do que chamo de “espírito investigativo”, o tal “feeling” carrega uma propensão muito grande de “previsibilidade”.

        Sim, nosso profissional de crédito procura insistentemente “prever” o que pode acontecer em “futuros possíveis”, portanto sua análise não se baseia exclusivamente em “números e dados frios”, mas em prováveis ou possíveis acontecimentos que porventura possam se realizar, dos mais otimistas aos mais pessimistas.

        Falar em “previsibilidade” no Brasil é o mesmo que brincar de roleta russa, concorda?

        Entendo que as tecnologias disponíveis facilitam infinitamente a vida do nosso analista, seja pela rapidez e abundância no levantamento de informações, seja pela possibilidade de “cruzamentos” de dados que antes era impossível (ou inviável) fazer.

        No entanto, dada a grande volatilidade de micros e pequenas empresas, bem como nosso tradicional ambiente macroeconômico instável, estabelecer qualquer “previsibilidade” em nosso mercado não é “coisa para amadores”.

        Não há então, como mensurar a importância dos nossos analistas.

        Sempre recomendo com muita veemência: Ouça-os.

        Homenageio todos os nossos profissionais de crédito, cadastro e lastro, pois são realmente, os melhores do planeta.

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Rogério Castelo Branco

28 anos de carreira em gestão de recebíveis.

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